sexta-feira, 23 de abril de 2010

Introdução

Bem vindo ao blog da Oficina de Choro - UFRJ
É recomendada a leitura completa para entender o que iremos tocar.
O conteúdo está organizado pelas postagens, no canto direito.

Boa leitura!


















História Social do Choro

O surgimento do Choro é conseqüência do nascimento de uma nova classe social influenciada pelo Iluminismo francês que no Brasil aflora seus ideais a partir da Insurreição Mineira (libertas quae será tamem).
O Iluminismo foi um movimento intelectual francês da segunda metade do século XVIII que priorizava o uso da razão (em detrimento à fé católica) e o uso liberdade de pensamento. Os filósofos da época acreditavam iluminar a mente das pessoas acreditando que todos deveriam pensar por si mesmos sem se influenciar por ideologias que eram forçados a seguir sem concordar, ou seja, tinham como prioridade uma sociedade livre.
Assim, o Brasil no final do século XIX vê a sua classe média influenciada por estes ideais de liberdade de pensamento iluminista surgindo então a necessidade de uma música que endereçasse culturalmente esta nova classe social brasileira. Desse modo, como uma fusão dos gêneros anteriores surge, por volta de 1870, o Choro.
Inicialmente, o Choro não constituía um gênero e sim uma maneira de tocar (Tinhorão, 1998). Os instrumentistas, chamados chorões, pertenciam à classe média da sociedade sendo em maioria funcionários públicos. Eram convidados para tocar em festas e confraternizações, mas não tocavam por dinheiro. Quando convidados ficavam satisfeitos em dar um pulo na cozinha para se fartar de comida e bebida.



INTRODUÇÃO

Nascimento: Os instrumentistas, chamados chorões começam a surgir em 1870 no RJ. Pertenciam à classe média baixa da sociedade e eram em maioria funcionários públicos boêmios moradores do bairro Cidade Nova, Centro ou Tijuca. Os chorões não tocavam por dinheiro; quando convidados ficavam satisfeitos em dar um pulo na cozinha pra se fartar de comida e bebida.
Assim, o gênero surge da fusão do Lundu (ritmo à base de percussão africana) com gêneros europeus. As audições eram feitas tanto em cortiços das camadas populares quanto nos salões da corte de D. Pedro II.


Origem do termo "Choro".

A origem do termo choro já foi explicada de várias maneiras. Para o folclorista Luís da Câmara Cascudo, esse nome vem de xolo, um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas; de xoro, o termo teria finalmente chegado a choro. Por outro lado, Ary Vasconcelos sugere que o termo liga-se à corporação musical dos choromeleiros, muito atuantes no período colonial. José Ramos Tinhorão defende outro ponto de vista: explica a origem do termo choro por meio da sensação de melancolia transmitida pelas baixarias do violão (o acompanhamento na região mais grave desse instrumento). Já o músico Henrique Cazes, autor do livro Choro – Do Quintal ao Municipal, a obra mais completa já publicada até hoje sobre esse gênero, defende a tese de que o termo decorreu desse jeito marcadamente sentimental de abrasileirar as danças européias.

Origem do nome: O nome CHORO para designar um estilo musical existe desde 1910 e há várias versões existentes para a origem desse nome. Porém, a mais verossímil é a que diz que o termo “choro” vem do verbo “chorar” e também da palavra “chorus” que em latim significa “coro”.
Há também o termo “Chorinho” que define um tipo de choro em duas partes e mais ligeiro.


Fonte: www.cliquemusic.com.br

As gerações do choro

1. Virada do século: 1870-1920

- Joaquim Antonio da Silva Callado Junior (RJ, 1848-1880)
Querida Por Todos (1869) dedicada a Chiquinha Gonzaga
Flor Amorosa (1880)


- Viriato Figueira da Silva (RJ, 1851-1883)
Só Para Moer, gravada por Patápio (1907)


- Chiquinha Francisca Edwiges Neves Gonzaga (RJ, 1847- 1935)
O Atraente (1877) dedicado a Henrique Alves de Mesquita
Gaúcho Corta –Jaca (1897)
Só no Choro (1899)


- Álvaro Sandim (RJ, 1862-1922)
Flor de Abacate (1915)


-Pedro Galdino (RJ, 1862-1922)
Flausina


- Ernesto Nazateth (RJ, 1863-1934)
Brejeiro (1893)
Odeon (1910)
Apanhei-te Cavaquinho (1915)


- Anacleto de Medeiros (RJ, 1866-1907)
Iara (tema usado por Villa-Lobos no Choros nº 10)
Três Estrelinhas (tema usado por Gnattali em Suite Retratos)


- Zequinha de Abreu (SP, 1880-1935)
Tico-Tico no Fubá (1917)
Não me Toques (1932)
Branca (1918)


- Patápio Silva (RJ, 1881-1907)
Primeiro Amor (1905)


- Irineu Batina de Almeida (RJ, 1890-1916)
Bem te Quero



2. Inicio do século XX: 1920-1945


- Candinho Trombone Pereira da Silva (RJ, 1879-1960)
O Nó


- João Pernambuco (PE, 1883-1947)
Luar do Sertão
Graúna
Sons de Carrilhões


- Villa-Lobos (RJ, 1887-1959)
Choros (1920-1929)


- André Vitor Correia (RJ, 1888-1948)
André de Sapato Novo (1947)


- Bonfíglio de Oliveira (SP, 1894-1940)
Flamengo (1931)


- Lourival “Louro” Inácio de Carvalho (RJ, 1894-1956)
Urubu Malandro


- Nelson Alves (RJ, 1895-1960)
Mistura e Manda (1934)


- Pixinguinha Alfredo da Rocha Viana Filho (RJ, 1897-1973)
Lamentos (1928)
A Vida é um Buraco (1930)
Carinhoso (1937)
Vou Vivendo (1945)
1 X 0 (1946)
Ingênuo (1947)
Naquele Tempo (1947)


- Luis Americano Rego (SE, 1900-1960)
É do que Há (1940)
Numa Seresta (1940)


- Alberto Marino (SP, 1902-1967)
Rapaziada do Brás (1927) gravado por Galhardo (1960)


- Benedito Lacerda (RJ, 1903-1958)
Dinorá (1935)
Co-autor do trabalho de Pixinguinha de 1940 a 1950


- Dante Santoro (RS, 1904-1969)
Harmonia Selvagem (1938)
Quando Chora a Minha Flauta (1939)


- Luperce Bezerra Pessoa de Miranda (PE, 1904-1977)
Pinião (1928)


- Radamés Gnattali (RS, 1906-1988)
Alma Brasileira (1939)
Remexendo (1943)
Serenata no Joá (1944)
Pé de Moleque (1956)
Suite Retratos (1956)


- Antenógenes Silva (MG, 1906)
Saudade de Uberaba (1929)
Saudade do Matão (1937)


- Fon-Fon Otaviano Romeu Monteiro (AL, 1908-1951)
Murmurando (1944)






3. Meio do século XX: 1945-1970


- Copinha Nicolino Cópia (SP, 1910-1984)
Será que é Isso


- Porfírio Alves da Costa (PB, 1913)
Peguei a Reta (1949)


- Garoto Aníbal Augusto Sardinha (SP, 1915-1955)
Desvairada
Trapalhadas de Garoto


- Abel Ferreira (MG, 1915-1980)
Chorando Baixinho


- Raul de Barros (RJ, 1915)
Na Glória (1948)


- Carolina Cardoso de Menezes (RJ, 1916)
Expressinho (1952)


- Severino Araújo (PE, 1917)
Espinha de Bacalhau


- K-Ximbinho Sebastião Barros (RN, 1917)
Sonoroso (1945)
Sempre (1949)


- Jacob Bittencourt (RJ, 1918-1969)
Doce de Côco (1951)
Noites Cariocas (1957)
Assanhado (1961)
Receita de Samba (1967)
Vôo da Mosca


- Valdir Azevedo (RJ, 1923-1990)
Brasileirinho (1949)
Pedacinho do Céu (1950)
Delicado (1951), gravado por Stan Kenton


- Altamiro Carrilho (RJ, 1924)
Flauteando na Chacrinha (1949)
Canarinho Teimoso
Rio Antigo


- Canhoto da Paraíba Francisco Soares de Araújo (PA, 1928)
Visitando o Recife



4.Final do século XX: 1970 em diante


- Sivuca Severino Dias de Oliveira (PB, 1930)
Homenagem à Velha Guarda (1956)


- Paulo Moura (RJ, 1932)
Tempos Felizes


- Hermeto Pascoal (AL, 1936)
O Ovo (1967)
Chorinho Pra Você


- Paulinho da Viola (RJ, 1942)
Choro Negro (1973)
Sarau pra Radamés

Gêneros musicais precedentes

A habanera, (ou havaneira em algumas traduções), é uma dança e gênero musical que surgiu na ilha cubana, particularmente em sua capital Havana. Ela foi um dos primeiros ritmos afro-latino-americanos. Passou por transformações em sua estrutura ocasionados por arranjos e interpretações que os músicos da Europa realizaram, e durante esse processo de mudança voltou as Américas pelos imigrantes ibéricos. “É uma música de compasso binário, com o primeiro tempo fortemente acentuado, com uma curta introdução seguida de duas partes de oito compassos cada uma, com modulação do tom crescente”. “Da habanera derivam diversos ritmos como o maxixe brasileiro e o tango argentino. Também deu origem ao vanerão dos gaúchos.” (Wikipédia, enciclopédia virtual).
A habaneira é “um estilo musical e de dança cubana do século 19 . . . . É de tempo lento à moderado e em métrica dupla . . . . com uma figura característica: colcheia pontuada, semi-colcheia e duas colcheias” (The New Harvard . . ., p. 361). "A musica consiste . . . .de . . . .duas partes . . .; a segunda . . . . è em tom maior se a primeira for em tom menor.” (The New Grove . . ., Vol. 8, p. 8).




O Schottische é uma dança de par, com sua origem na região de Boêmia, império Austro-Húngaro. Foi muito popular nos salões da época vitoriana, e parte da dança folclórica “craze” É considerado pelo Oxford Companion to Music um tipo de polca mais lenta. Para além de seu nome não há uma relação direta com a Escócia, na verdade o nome schottisch é oriundo da Alemanha.
“Foi introduzida no Brasil em 1851” (Schreiner, 1993, p.86). “O schottisch Boêmio, ou polca treblante, foi um tipo em particular de polca introduzido em Paris nos anos 1840.” (The New Grove Dictionary of Music and Musicians, 1984, Vol. 16, p. 736).
No Brasil, propiciou o desenvolvimento do xote, em especial na região nordeste.




Segundo o pesquisador José Ramos Tinhorão, o tango ou tanguinho é uma adaptação da habanera, introduzida no Brasil pelas Companhias de Teatro Musicado europeu no século passado, à qual se incorporaram elementos das duas músicas de dança de maior popularidade na época - a schottisch e a polca - já estudadas anteriormente. Dessa fusão de gêneros de música do teatro ligeiro e de danças estrangeiras em processo de abrasileiramento teria surgido o tipo de música de andamento rápido que acabaria numa forma tipicamente instrumental sob o nome de tango brasileiro.O nome tango brasileiro teria sido criado por Henrique Alves de Mesquita (1830-1906) em 1871 ao lançar a composição de sua autoria intitulada Olhos matadores, acompanhada da indicação "tango brasileiro". Entretanto, foi Ernesto Nazareth (1863-1934), um dos maiores cultores do tango brasileiro, que deu ritmos novos e harmonias fulgurantes a esse gênero de música, tornando-o imortal entre os apreciadores da boa música brasileira. Segundo Marisa Lira, o traço de originalidade das músicas de Ernesto Nazareth é tão forte que ninguém conseguiu imitá-lo e mesmo depois de seus tangos terem alcançado a máxima popularidade, não envelheceram. Além de Nazareth dois outros nomes concorreram para dar maior realce ao tango brasileiro: Chiquinha Gonzaga (1847-1935) e Marcelo Tupinambá (1892-1953). Cada um desses compositores imprimiu, de modo diferente, um novo encanto a esse gênero musical.



A Valsa é um gênero musical e de dança que possui compasso ternario ou binário composto (6/8).

“Durante meados do século XVIII, a allemande, muito popular em França, já antecipava, em alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1820, pode ser considerado o pai do gênero. A palavra tem origem no verbo alemão Walzen, que significa "girar" ou "deslizar".
“A valsa chegou ao Brasil com a chegada da corte portuguesa ao país, em 1808. A música foi apresentada em salões onde a elite do Rio de Janeiro dançava. Ao longo da segunda metade do século XIX ela continuou a ter grande aceitação e foi, nas palavras do estudioso José Ramos Tinhorão, "um dos únicos espaços públicos de aproximação que a época oferecia a namorados e amantes". (Wikipédia, enciclopédia virtual)
“A popularidade da valsa pela Europa foi um novo ímpeto em meados do século 19 . . . . As primeiras valsas geralmente eram constituidas de duas partes repetidas com oito compassos" (The New Harvard . . ., p. 931).

Polca, dança e gênero musical de compasso binário. Surgiu em meados do século XIX na Tchecoslováquia também na região da Boêmia no início do século XIX, e foi difundida posteriormente por toda a Europa e parte da América. 


Polca, dança popular da Boêmia (parta do antigo Império Austro-Húngaro integrada à Tchecoslováquia), introduzida nos salões europeus da era pós-napoleônica com o atrativo da aproximação física dos dançarinos, ao prever duas possibilidades de evolução do par enlaçado: rodeando (um giro após seis passos, com meio giro no terceiro, e outro depois dos três últimos), ou, mais animadamente, com rápidos pulinhos nas pontas dos pés. Tudo dentro de um compasso binário simples, de movimento em allegretto, cujo ritmo à base de colcheias e semicolcheias, com breves pausas regulares no fim do compasso, permitia aos pares as novas possibilidades de aproximação dos corpos que viria a chamar popularmente de dançar agarrado.
Interpretada pela primeira vez no Brasil na noite de 3 de julho de 1845 no palco do Teatro São Pedro, no Rio de Janeiro, pelas duplas de atores Felipe e Carolina Cotton e Da Vecchi e Farina – segundo pesquisa de Vicente de Paula Araújo em jornais da época – a polca espalhou-se pelos salões de todo o país como uma espécie de febre que explicaria, inclusive, a criação em 1846 de uma Sociedade Constante Polca na côrte carioca. Cultivada por compositores de teatro musicado e amadores componentes de grupos de choro, a polca acabaria por fundir-se com outros gêneros locais de música popular desde a virada dos séculos XIX/XX, para chegar à era dos discos mecânicos. E isso demonstrado pelo levantamento de centenas de gravações, entre 1902 e 1927, de polcas dobrado, galope, fado, fadinho, lundu, tango e, ainda em criações originais tipo polca militar e polca carnavalesca.
A polca foi revivida após a década de 1930 em composições eventuais agora sob as firmas de polca-choro, polca-maxixe, polca-baião e até numa curiosa experiência de polca-canção. E mais ainda recentemente, alcançaria a glória de receber, em 1950, notícia histórica posta em música, com seu ritmo, na composição de Luís Peixoto e José Maria de Abreu E Tome Polca, gravada pela cantora Marlene.




A mazurca é uma dança de origem polaca, feita por pares formando figuras e desenhos diferentes, em compasso de ¾ e tempo vivo. Tem por característica o ritmo pontuado, e o acento no 2º e 3º tempo do compasso. A mazurca é semelhante à oberca, que é uma variante muito rápida. A mazurca era frequentemente utilizada pelos compositores da Polónia da era romântica, como Chopin, Moniuszko ou Wieniawski.




Ragtime (também ragged-time) é um gênero musical norte-americano que teve seu pico de popularidade entre os anos 1897 e 1918. Tal gênero tem tido vários períodos de renascimento, ainda hoje são produzidas composições. O ritmo foi o primeiro gênero musical autentico norte-americano, superando o jazz. Começou como música de dança com cunho mais popular, anos antes de ser publicado como partitura popular para piano. Sendo uma modificação da marcha foi primeiramente escrita na tempos 2/4 ou 4/4 com uma predominância da left hand pattern de notas graves em batidas com tempos diferentes e acordes em números de batidas pares, acompanhando uma melodia sincopada na mão direita. Uma composição nesse estilo é chamada de "rag". Uma rag escrita em 3/4 é uma "valsa ragtime".
Ragtime não é um "tempo" (métrica no mesmo sentido que a métrica marcial é 2/4 e a valsa com métrica 3/4). No entanto, é um gênero musical que usa um efeito que pode ser aplicado à qualquer métrica. A característica que define a música ragtime é um tipo específico de sincopação na qual os acentos melódicos ocorrem entre as batidas métricas. Isso resulta em uma melodia que parece evitar algumas batidas na métrica do acompanhamento, através da ênfase de notas que tanto antecipam ou seguem a batida. A última e (intencional) efeito no ouvinte é de fato acentuar a batida, sendo assim induzindo o ouvinte a vibrar com a música.





O maxixe, originado de procedimentos empregados pelos músicos de grupos de choro e bandas de coretos do Rio de Janeiro desde a década de 1860, o futuro gênero de música popular chamado de maxixe ia surgir a partir de 1880 acompanhando a maneira exageradamente requebrada de dançar tal tipo de execução, principalmente de polca-tango. Isso poderia ser comprovado quando, a 17 de abril de 1883, na cena cômica intitulada Aí, Caradura!, o ator Vasques mostrava um carioca, em cuja casa se realizava um baile, a incitar seu convidado caradura (hoje cara de pau) a demonstrar suas habilidades de dançarino dizendo: "Vamos, seu Manduca, não me seja mole: eu quero ver isso de maxixe!" O que realmente acontecia obedecendo a seguinte rubrica do texto: "A orquestra executa uma polca-tango, e ele depois de dançar algum tempo, grita entusiasmado: – Aí caradura!". Ao que acrescentava a indicação: "(Canta: No maxixe requebrado/ Nada perde o maganão!/ Ou aperta a pobre moça/ Ou lhe arruma um beliscão!)".
Foi, pois, o estilo de tal forma malandra e exagerada de dançar o ritmo quebrado da polca-tango que acabaria por fazer surgir o maxixe como gênero musical autônomo, ao estruturar-se pelos fins do século XIX sua forma básica: a exageração dos baixos – inclusive pelos instrumentos de tessitura grave das bandas – conforme o acompanhamento normalmente já cheio de descaídas dos músicos de choro. Ou, como explicava no artigo Variações sobre o Maxixe o maestro Guerra-Peixe, "melodia contrapontada pela baixaria, passagens melódicas à guisa de contraponto ou variações e, em alguns casos, baixaria tomando importância capital".

Forma e modulações no choro

Rondó

Forma Rondó é aquela que introduz um tema - chamamos de (A) -, após o fim de "A", apresenta um novo tema - (B) -, e após seu término retorna ao tema original (A) e após o término de "A", novamente introduz um novo tema - (C) -, e assim por diante sempre apresentando um novo tema após a repetição do tema principal (A)


As modulações no choro acontecem geralmente para os tons vizinhos (mesma armadura ou distantes por apenas um acidente) ou para o tom homônimo.
Os tons vizinhos são: 

o relativo do tom principal,
o 4° grau e seu relativo
o 5° grau e seu relativo


Ex:
Tom principal Tons vizinhos

C Am (relativo)
F (4° grau)
Dm (relativo do 4° grau)
G (5° grau)
Em (relativo do 5° grau)


O tom homônimo possui a mesma tõnica, mas modos diferentes. Sendo um de tonalidade maior e o outro de tonalidade menor.
Ex: C é homônimo de Cm.
Am é homônimo de A.

Exemplos de modulações no choro.


Flausina – Pedro Galdino
Tom parte A = G (tom principal)
Tom parte B = Em (relativo menor)
Tom parte C = C ( 4° grau)


Cochichando – Pixinguinha
Tom parte A = Dm (tom principal)
Tom parte B = F ( relativo maior)
Tom parte C = D ( homônimo maior)

Implorando – Anacleto de Medeiros
Tom parte A = Dm (tom principal)
Tom parte B = D (homônimo maior)
Tom parte C = Bb (relativo do 4º grau)

Repertório

O Rasga - Pixinguinha
Partitura - Referência Auditiva

Nosso Romance - Jacob do Bandolim
Partitura - Referência Auditiva

Hilda - Mario Àlvares
Partitura - Referência Auditiva


Benzinho
Partitura - Referência Auditiva

Carinhoso
Partitura - Referência Auditiva


Pedacinho do Ceu
Partitura - Referência Auditiva

Flor Amorosa
Partitura - Referência Auditiva


Urubu Malandro
Partitura - Referência Auditiva

Links externos

Agenda do Samba-choro

International Music Score Library Project

Esquina da Música